O artigo pretende mostrar como o problema do Nome divino constitui um núcleo primordial da linguagem e gnoseologia teológica. Na verdade, a theologia clássica amadureceu a convicção comum de que nome ou conceito algum se adequa à natureza divina essencialmente anónima. A partir deste pressuposto, o teísmo helénico (medioplatónico, gnóstico e hermético) desembocou no dogma da impossibilidade ontológica de conhecer Deus (agnostos Theos). Embora não imunes ao influxo deste rigorismo gnoseológico, os Padres da Igreja reelaboraram substancialmente a semântica do mistério de Deus abrindo, a partir da “revelação do Nome”, uma dupla vertente no discurso teológico: a via afirmativa (oikonomica), e a via negativa (apofática) que salvaguarda a transce...